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O papa Bento XVI é um grande teólogo e estudioso dos problemas contemporâneos. Ficou célebre, anos atrás, o debate que ele teve,  antes de ser papa, com filósofo Jürgen Habermas da Escola de Frankfurt na Alemanha.

No dia 13 de abril deste ano foi apresentado em Roma um novo livro seu, Jesus de Nazaré , traduzido em português e publicado na Editora Planeta. O papa analisa no prefácio da obra o problema da cisão que se faz muitas vezes entre o Jesus histórico e o Cristo da fé, dentro do método da exegese histórico - crítica. O autor insiste em que o Jesus histórico é o Jesus dos evangelhos, o Cristo real. O papa Ratzinger deseja mostrar Jesus Cristo enquanto pessoa viva, cheia de amor pelos homens, verdadeiramente filho de Deus encarnado. Busca explicar que os evangelhos querem mostrar Jesus  inseparável em sua vida de homem e Filho de Deus. Cita a interrogação que Cristo fez a Simão Pedro: Que dizem os homens que eu sou? Tu é o Cristo, o filho de Deus vivo, foi a resposta do mesmo Pedro.

As mais de 300 páginas são lidas de maneira fácil e agradável sem precisar de grandes conhecimentos teológicos. Pouco mais de um mês após o lançamento, o livro do papa já havia superado 1 milhão e meio de exemplares vendidos.

 Este é o primeiro volume de uma série de dois. O texto interpela a humanidade contemporânea a cerca dos "dogmas"  do mundo atual, o iluminismo, o racionalismo e o relativismo  que em geral se recusam ao diálogo com a moderna ciência teológica.